A saúde passou a ser o principal assunto depois da denúncia
do médico Dr. Marco Antônio Mahafus, o assunto tomou conta das redes sociais, e
num segundo momento foi abordado pela imprensa local através das rádios
Esmeralda e Cidade. O assunto é sério e preocupante, mas não é de hoje que vai
muito mal, tenho sido uma voz solitária no meio da multidão, tanto que na noite
de segunda feira da semana passada relatei um fato, no dia seguinte veio a
público as denúncias feitas pelo médico. Mas a precariedade não se resume ao
plantão de urgência e emergência, e/ou aos internamentos do SUS, ou ainda aos
plantonistas do sistema; a rede municipal de saúde, vive o seu pior momento,
que começa no péssimo atendimento lá no bairro, passa pela UPA (unidade de
pronto atendimento), pela falta de remédios, pela falta de dentistas, de exames
e pelo fura fila que até hoje não foi explicado. Com relação aos fatos narrados
pelo Dr. Mahafus, quero parabeniza-lo pela coragem, sempre ouvi dizer que lobo
não come lobo, mas nesse caso a história foi diferente, pois ele conhece muito
de saúde pública, e conheço como poucos o nosso hospital. O coro dos que querem
solução foi engrossado pelos vereadores, que são aqueles de devem fiscalizar a
utilização do dinheiro público, afinal de contas o hospital tem como sua
principal fonte de renda as verbas públicas, sejam através dos repasses do SUS,
ou por meio de emendas parlamentares que são usadas para reformar, e aquisição
de máquinas e equipamentos, esse instituição é um saco sem fundos, não tem dinheiro
que chegue, tanto que querem mais quatrocentos mil reais; passa ano e vem ano e
é sempre a mesma ladainha, acho que está mais que na hora de trocar o comando
central, pois a chefia já está no comando por longa data e sem dizer a que
veio, aliás, ninguém é tão bom que deva se perpetuar no cargo, ainda mais no
setor público.
Com a entrada dos vereadores nesse caso, surge uma luz no
final do túnel, antes tarde que nunca, afinal de contas em 2020 teremos
eleição, e se eleger é uma necessidade. A participação do Ministério Público, é
sempre um alento, pois através do MP, é possível uma ação mais efetiva para
corrigir distorções, e sem o uso político do caso; mas volto a frisar,
precisamos melhorar o atendimento lá na base, nas UBS, que nesse governo vive
um caos permanente, é ali no nascedouro do problema que o Ministério Público
precisa ser mais enérgico, pois o executivo é relapso com a saúde, apenas
encheu as unidades básicas de apadrinhados, que nada fazem em detrimento da
contratação de médicos, poderíamos até dizer ( mais médico).
Novamente quero ressaltar que a grande maioria dos
funcionários no hospital, enfermeiras e técnicos, prestam um ótimo atendimento,
da mesma forma os funcionários concursados da rede municipal de saúde, mas esse
abnegados, fazem apenas o impossível, o milagre eles deixam para Deus. Espero todas as partes envolvidas, tenham a gradeza de admitir as falhas, e sentar civilizadamente na busca da solução de grave problema, afinal com saúde não se brinca.
Com relação a sugestão de colocar alguém para fiscalizar a aplicação dos recursos públicos, e o atendimento prestado, acho interessante, mas desde que não seja uma indicação feita pelos três prefeitos, pois as nomeações feitas por eles no executivo deixam a desejar, chegam até parecer uma afronta na maioria dos casos, além disso, certamente seria colocado mais de uma dezenas de apadrinhados para realizar esse serviço.
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