quarta-feira, 25 de setembro de 2019

PLANTÃO DE URGÊNCIA

Novamente o plantão de urgência é notícia na mídia local, mas também é assunto na câmara de vereadores, na promotoria, e na polícia.  Com toda essa repercussão, é possível afirmar que esse é o assunto do momento. Mas não podemos deixar de lembrar que o plantão de urgência e emergência, é apenas uma parte dos problemas que envolvem a saúde, é claro que a maioria das pessoas quando procuram o plantão, é porque estão numa situação de desespero, algumas na beira da morte; aí nesse caso é impossível exigir que que está vivendo essa situação, tenha calma e muita paciência, ainda mais quando está sendo mais atendido (a), ou alguém de sua família.

Volto a dizer, o problema começa lá no bairro, nas UBS, na falta de médico, de remédios, de exames, de vontade, de capacidade do gestor da saúde municipal; a Unidade de Pronto Atendimento(UPA), que podemos chamar de unidade de demorado atendimento, presta apenas uma atendimento superficial, sem eficácia, recebo diariamente relatos de pessoas que procuram aquele atendimento, que me dizem que o médico atende baseado na ficha feita pela enfermeira, vou citar o caso de uma conhecido, que foi com uma torção no pé, quase não podia caminhar, e quando entrou na sala, o médico apenas perguntou qual era o pé, nem teve o trabalho de olhar, não pediu um exame e apenas uma injeção e foi mandado embora. Mas ainda bem que temos o asfalto, o cidadão não sujou seu pé.


Mas voltando ao Plantão, ninguém quer denigrir a imagem do hospital, e/ou caluniar ninguém, mas vivemos numa democracia, e a livre expressão ainda figura na nossa constituição, não existe lei que proíba o cidadão de reclamar por não receber um atendimento digno nas suas redes sociais; não vivemos numa ditadura, a lei de abuso de autoridade tem como finalidade o abuso de autoridade praticado por autoridades, tentar calar um povo sofrido que busca apenas ser atendido com humanidade; esse é o verdadeiro abuso de autoridade. Cabe lembrar que esse povo que não é atendido, é aquele que através de seus impostos, paga os valores repassados ao hospital pelos municípios, é ele também que paga as emendas parlamentares, que servem de palanque para deputados, vereadores, e assessores, todos com altos salários tirarem fotos, cortarem fitas nas inaugurações.


A atitude de colocar na polícia, na justiça aquele cidadão que grita contra um atendimento desumano, é na verdade uma tentativa de calar o povo; e o pior sempre exigindo mais verbas públicas sem a contrapartida daquele que recebe.


Ninguém atentou contra a honra da instituição, muito menos dos funcionários, independente do setor, sabemos da capacidade dos funcionários, que apesar de profissionais, também estão ali defendendo seu emprego, seu pão de cada dia, cumprem ordens, e sabem que caso não as cumpram é rua na certa.

Mas a queixa não é contra os funcionários, e sim contra alguns médicos que atendem mal, que não atendem, que mandam embora, que não cumprem com sua obrigação, a responsabilidade é de quem comanda, cabe a quem comanda exigir daqueles que recebem verbas públicas um atendimento decente ao público.

A reunião que aconteceu ao que tudo indica não teve resultado, pois os relatos de problemas no atendimento continuam, ao que parece viraram as costas, para as sugestões apresentadas pelo promotor de justiça, que na tentativa de resolver o problema trouxe para a mesa de negociação 18 sugestões, e todas viáveis, de fácil aplicabilidade; mas ao que tudo indica a palavra de ordem é mais verba, mais dinheiro, mas a pergunta que não quer calar é até quando vamos ter colocar mais dinheiro nesse saco sem fundo?

Além das reclamações no atendimento, temos denúncias graves que precisam ser apuradas, essas também merecem um inquérito policial, pois temos denúncias de negligência, de não cumprimento de contrato, entre outras, e todas de extrema gravidade, ou será que uma vida tem uma menor importância se comparada com uma crítica, uma postagem nas redes sociais; precisamos que as autoridades tomem a peito e parem de passar panos quentes.




CPI HABITAÇÃO


Ainda nem começaram os trabalhos da CPI, mas segundo uma fonte, os desdobramentos já preocupam o palácio, mas quem não deve não teme, mas agora vamos tomar conhecimento dos critérios usados para gozar dos benefícios, ganhar casa, terrenos, material de construção, postes RGE, mão de obra, instalação elétrica.


Cabe ressaltar que na campanha o atual prefeito já falava que a secretaria da habitação tinha problemas, que ele ia agir com rigor; mas parece que seguiu a mesma linha de trabalho; quem viver verá.

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