Nossa cidade
convive desde 2012 com reformas, ou melhor, com a destruição de nossos
patrimônios. A destruição desses patrimônios começou com a mal fadada reforma
de nossa praça; comandadas por pessoas sem a menor qualificação, e sem
compromisso com o nosso patrimônio. A reforma na nossa praça, uma das mais
lindas do nosso estado foi um horror, destruíram tudo, das arvores aos bancos,
as pedras português e as pedras mouras simplesmente foram trocadas por
concreto; nossa praça se transformou num calçadão. Os postes de cobre foram
trocados por postes de plásticos da pior qualidade, tanto que antes mesmo da conclusão
da obra já foi preciso remenda-los colocando concretos na parte de interna, mas
a rachaduras ainda permanecem visíveis para quem quiser ver. A base onde foram fixados
os postes é um vergonho toda rachada e sem acabamento; a iluminação mais parece
um campo de marte devido ao excesso de postes, uma verdadeira aberração. Mas a
praça apesar dos protestos já é pagina virada, infelizmente, e o pior os
responsáveis ou os irresponsáveis pela obra conseguiram seu intento, se
reelegeram ou se elegeram, e agora gozam das benesses do poder.
A reforma da
Catedral seguia o mesmo ritmo das obras da praça, mas a maneira que estava
sendo feito os trabalhos, uma reforma ao invés de um restauro, gerou uma grande
polemica e um grupo de pessoas, entre elas arquitetos, resolveu lutar para
evitar um mal maior. Mas devido à intransigência dos responsáveis, a única saída,
eu diria a melhor saída foi acionar o Ministério Público; que agiu de rápido, e
de uma forma elogiável buscou solucionar o impasse evitando danos irreparáveis ao
patrimônio. O Ministério Público, trouxe um técnico para avaliar a obra, para
elaborar um parecer, que após a visita emitiu o laudo, colocando um ponto final
nas discussões. O documento é claro, e confirma que a reforma não estava
seguindo as normas para restauro de uma obra histórica, além disso, o documento
faz referencias aos cuidados com as obras do entorno, que infelizmente já foram
feitas, e sem essa observação, fica claro ainda, a responsabilidade do poder
executivo. Na verdade, teremos dois momentos na obra, um antes da vistoria do
MP e outro após a vistoria; agora as coisas estão claras, por isso, os responsáveis
pela restauração não poderão mais fazer alterações sob pena de serem
responsabilizados.
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