terça-feira, 14 de agosto de 2012
Denúncia aponta supostas irregularidades envolvendo assessores de deputados
Uma reportagem exibida na manhã desta terça-feira no Bom Dia Brasil, da RBS TV, apontou a existência supostas irregularidades envolvendo assessores de deputados estaduais e federais do Rio Grande do Sul. Além de um funcionário fantasma, foram mostrados servidores pagos pela Câmara dos Deputados e pela Assembleia Legislativa, mas que trabalham na sede de partidos.
Entre os casos levantados pelo repórter Giovani Grizotti, está o de um assessor do deputado federal Darcísio Perondi (PMDB). Elio Stiegemeier é funcionário do gabinete do parlamentar desde 2004, mas foi encontrado pela reportagem trabalhando em uma barbearia em Panambi, na Região Noroeste.
Sem saber que estava sendo gravado, Stiegemeier reconheceu que trabalha no local todos os dias, de segunda-feira a sábado, há mais de 20 anos. Depois, diante da câmera, mudou a versão. Disse atuar para o deputado e ser ligado ao escritório político que Perondi mantém em Ijuí. Mas no local, a secretária, por telefone, não reconheceu o nome do fucionário. Procurado pela RBS TV, Perondi preferiu não se manifestar.
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Em Sapucaia do Sul, na Região Metropolitana, a reportagem encontrou um outro tipo de situação envolvendo assessores parlamentares. Funcionário do deputado Onyx Lorenzoni (DEM), Paulo Ricardo Borges Júnior recebe salário pelo Congresso, mas dá expediente em período integral na sede do partido na cidade. Onyx disse que desconhecia o local onde Borges Júnior cumpria a jornada de trabalho e decidiu exonerar o assessor.
A reportagem também apontou casos de descontrole na Assembleia Legislativa. Funcionários da bancada do PDT não trabalham no prédio do parlamento, mas na sede estadual do partido. É o caso de João Afonso da Câmara Canto, que atua como advogado da legenda. Outra servidora, Hilda Mara Mendes Cidade, ao ser abordada pelo repórter na sede do PDT, preferiu sair pela janela para evitar entrevista. Depois, afirmou ser responsável pelo setor administrativo do partido.
Diante das denúncias, o presidente da Assembleia, Alexandre Postal (PMDB), afirmou que abrirá sindicância para apurar as supostas irregularidades. Em relação aos funcionários pagos pela Casa e que trabalham na sede de partidos, Postal afirmou tratar-se de prática antiga, anterior à instituição do fundo partidário, que precisa ser revista. O Tribunal de Contas do Estado e o Ministério Público Estadual anunciaram que abrirão expedientes para apurar as denúncias.
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