Por 29 votos a zero, os deputados gaúchos aprovaram o projeto de lei que reajusta o salário dos professores gaúchos em 23,5%, divididos em três parcelas. A sessão na Assembleia Legislativa durou mais de cinco horas e foi marcada por ofensas e vaias.
Seria necessário no mínimo 28 votos para a aprovação do projeto. Antes da votação, os deputados da oposição abandonaram o plenário.
Em um dos momentos mais tensos, o deputado Jorge Pozzobom (PSDB) subiu à tribuna para criticar o governador Tarso Genro, que não está pagando o piso nacional do magistério, conforme prometeu em campanha. Exaltado e instigado por gritos de militantes do Cpers, que ocupavam as galeras, o tucano chamou Tarso de "palhaço".
Na tentativa de ganhar prazo para negociação e obter a retirada do regime de urgência do projeto, os deputados de oposição revezam-se na tribuna em críticas ao projeto pediram várias verificações de quórum, tentando surpreender a base aliada durante breves momentos em que seus deputados deixam por alguns instantes o plenário.
Por 27 votos a 21, também foi rejeitado o requerimento da oposição que determinava que o Piratini teria o prazo de 60 dias para enviar à Assembleia um novo cronograma prevendo o pagamento do piso nacional da categoria, fixado em R$ 1.451,00.
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