segunda-feira, 8 de março de 2021

 


A JUSTIÇA ELEITORAL NO RÍTIMO DA COVID

 

A justiça eleitoral sempre foi rápida, as ações envolvendo eleições sempre foram julgadas com a rapidez que o caso exige, principalmente quando tratam de cassação de chapas, pois a demora beneficia o infrator, quanto mais tempo demorar, mas tempo no cargo ficara aquele que venceu a eleição praticando crime eleitoral. Que é o caso local, o atual prefeito se reelegeu usando e abusando da máquina, os dados, as provas incontestáveis, estão nos autos da ação de investigação eleitoral, que se arrasta aqui na comarca desde a eleição, sem julgamento. Com relação a Abuso da máquina, apenas no mês da eleição 39 ruas foram asfaltadas, e a grande maioria sem estar no cronograma de asfaltamento, apenas no cronograma do uso da máquina, outro item que também é irrefutável, é o excesso de horas extras na secretaria do obras, mais de 100% comprados ao mesmo mês do ano anterior, sempre é bom salientar que pagando horas extras, inclusive dos finais de semana, uma espécie de biscate, o candidato conquistava a simpatia dos funcionários que quase dobravam o seu salário, e do eleitor que ganhava asfalto de graças no mês do pleito, teve inclusive casos de ruas que o prefeito/candidato fazia reunião com os moradores na calada da noite e prometia o asfalto em troca do voto, e em dois ou três dias a obra estava pronta; se isso não é compra de votos usando a máquina pública, então eu não sei mais como se define compra de votos.

 

A ação contra a chapa aqui em Vacaria, não é um caso isolado, não é a única, outras cidades do estado já tiveram inclusive decisão, e com cassação da chapa, e por fatos de menor relevância, coisas mínimas compradas aos praticados aqui na cidade, que além da máquina, a chapa montou uma estrutura milionário, que com certeza o gasto foi infinitamente maior do que aquele declarado na prestação de contas do candidato. Na cidade Bento Gonsalves, o prefeito eleito foi cassado acusado de fazer propaganda de obras, usou fotos das obras, e isso que o candidato cassado, contava apenas com o apoio do prefeito. Não tenho dúvidas, que o candidato usou a máquina na certeza da impunidade, na convicção de que nada aconteceria, como alias, aconteceu ao longo dos seus quatro anos, onde os absurdos começaram no episódio dos certificados, e daquele momento em diante a coisa degringolou, e aqueles que tem o dever de fiscalizar, de proibir nada fizeram, certamente essa é aposta para se safar de mais um imbróglio.

 

A pandemia, a bandeira preta, mais uma vez paralisou a justiça, e o prefeito ganha tempo, e o tempo é o senhor da razão, aí que mora o perigo. A promotoria especializada em prefeitos, investia outros fatos contra o governo, esses relacionados a improbidade, mas esses normalmente se arrastam ad eternum. Mas vamos ficar com aquela máxima de que a justiça tarda, mas não falha

O prefeito eleito de São Paulo, também teve pedida sua cassação, mas lá numa ação do Ministério Público, por uso da máquina, compras de cestas básicas, e lá também do partido do tucano (PSDB), ou seja, tudo farinha do mesmo saco, parece que faz parte da cartilha do partido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário